Você pensou que pudesse voltar como se nada tivesse acontecido. Pensou que eu estaria aqui, de braços abertos e peito receptivo, pensou que eu, mais uma vez, me colocaria em segundo lugar, só para te amar em primeiro.
Em sua ingenuidade, se é que podemos chamar assim, pensou que eu ainda seria capaz de amar, mesmo depois de tudo que fez, e eu até seria; não só seria como fui. Mas chega um momento em que somos obrigados a abrir os olhos, submergir para não afogar, respirar para continuar vivendo.
Foi isso que fiz.
Respirei. Sozinha. E fazendo isso eu entendi que não precisava mais de você. Que não fazia mais sentido manter aquele sentimento, sem reciprocidade, dentro do meu coração. E finalmente eu deixei você ir, não apensas fisicamente, mas principalmente, sentimentalmente.
Respirei. Sozinha. E fazendo isso eu entendi que não precisava mais de você. Que não fazia mais sentido manter aquele sentimento, sem reciprocidade, dentro do meu coração. E finalmente eu deixei você ir, não apensas fisicamente, mas principalmente, sentimentalmente.
Seu tempo, sua chance, sua oportunidade... Isso tudo ficou no passado. E você teve tanto tempo para se arrepender, teve tanta chance de fazer melhor, tanta oportunidade de amar e em todas as vezes fez a escolha errada.
Agora está aqui, parado na minha frente tentando me convencer que o melhor pra mim é dar outra chance a nós. Tentando me persuadir com suas palavras doces, me ludibriar com suas promessas, tão repetitivas que eu até tenho a impressão que não é a primeira vez que as escuto. Sua credibilidade acabou.
Há um tempo atrás eu agradeceria por isso, por finalmente ter se dado conta de tudo que eu sou. Mas hoje não. Hoje você não faz mais parte da minha vida, nem quero que faça. Eu aprendi da maneira mais dolorosa que é preciso desapegar daquilo que não acrescenta; e você não me acrescentava nada a muito tempo.
É isso. Eu entendo todas as suas justificativas, mas não admito que você as use como desculpa. Eu até entendo suas limitações com relação a responsabilidade emocional de outra pessoa, mas não admito ser aquela que procura quando não tem mais opções, ou quando a carência está tão forte que sou a única disponível para ameniza-la, ou quando percebe que sua vida não tem nada de especial porque não tem amor.
Eu não sou seu estepe. Não sou seu jogador reserva. Não sou mais um troféu para sua estante empoeirada.
Você pode até achar que ainda tem algum sentimento dentro de mim por você, e confesso que não estaria de todo errado.
Ainda tem muito sentimento aqui, mas não é amor, é pena.
Porque eu sei que vou encontrar alguém melhor que você, sei que vou encontrar alguém capaz de me fazer feliz em todos os aspectos, mas você, egoísta que é, temo que termine sozinho.
Porque eu sei que vou encontrar alguém melhor que você, sei que vou encontrar alguém capaz de me fazer feliz em todos os aspectos, mas você, egoísta que é, temo que termine sozinho.
E até que não seria ruim, pelo menos assim evitaria se aproveitar de outros corações.